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É TEMPO DE UM NOVO TEMPO : GRANDE ORIENTE DO BRASIL E EXÉRCITO BRASILEIRO UNIDOS POR UM BRASIL SOBERANO

Texto por: Helio P. Leite


O ano de 2022 será um ano que marcará o fim de um tempo, um tempo de 200 anos e o início de um novo tempo, um novo centenário, que será iniciado no Grande Oriente do Brasil e em nosso país como Estado independente. Será um ano de grandes comemorações, tanto no âmbito maçônico como na sociedade brasileira.

O Grande Oriente do Brasil surgiu no dia 17 de junho de 1882, fundado por três Lojas: a Loja Comércio e Artes, União e Tranquilidade e Esperança de Niterói, com sede na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

A Loja Comércio e Artes, simbolizando a Idade do Ouro. A Loja União e Tranquilidade, representando as palavras de D. Pedro à varanda do paço, em 9 de janeiro de 1822 e a Loja Esperança de Niterói, simbolizando a projetada emancipação do reino americano.

As três primeiras diretorias destas Lojas contaram com a participação de maçons militares, entre eles o brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto, João Mendes Viana, Pedro José da Costa Barros.

Na Loja Comércio e Artes, o brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto foi eleito Secretário. Este irmão ao ser iniciado adotou o nome simbólico de “Sólon”. Ele aparece no cenário maçônico como sendo o autor da proposta, apresentada numa reunião da Loja Comércio e Artes, em 1822, oferecendo a D. Pedro o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”.

Muniz Barreto nasceu na cidade de Maragogipe na Bahia em 1784, filho primogênito do militar Domingos Alves Branco e de D. Mariana da Glória Muniz. Ingressou na carreira militar no Rio de Janeiro, na década de 1770, retornando à Bahia como soldado da Fortaleza do Morro de São Paulo, ascendendo imediatamente a outros postos, como de capitão e governador da mesma em 1790, tenente-coronel de infantaria em 1808, coronel em 1810, brigadeiro dos reais exércitos em 1818, brigadeiro dos Imperiais em 1822, e em 1827, recebendo o foro de fidalgo Cavaleiro da Imperial Casa. Membro da tropa de primeira linha na organização militar colonial, composta por soldados profissionais que deveriam cuidar da defesa efetiva da Colônia.

Pedro José da Costa Barros, foi eleito o primeiro venerável mestre da Loja Esperança de Niterói. Nasceu na cidade de Aracati, Ceará em 17 de setembro de 1779 e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de outubro de 1839. Costa Barros foi soldado do Exército de Portugal, chegou ao posto de tenente-coronel de Artilharia. Foi presidente das províncias do Ceará e do Maranhão. Senador, deputado constituinte de 1823, representando o Ceará, Ministro da Marinha e senador.

Procedida a eleição para os dirigentes do Grande Oriente Brasiliano, posteriormente denominado Grande Oriente do Brasil, foram eleitos para Grão-Mestre o Conselheiro José Bonifácio de Andrade e Silva; Grão-Mestre Adjunto Marechal Joaquim de Oliveira Alves; 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo; 2º Grande Vigilante Capitão João Mendes Viana; Grande Orador Padre-Mestre Januário da Cunha Barbosa; Grande Secretário Capitão Manoel José de Oliveira; Grande Chanceler Francisco das Chagas Ribeiro; Grande Experto Joaquim José de Carvalho.

O Marechal Joaquim de Oliveira Alves, escolhido para Adjunto de José Bonifácio, completou seus estudos preparatórios na Inglaterra, depois frequentou a Universidade de Coimbra onde formou-se em matemática e filosofia.

Em 1804 chega ao Brasil como capitão de artilharia da legião de voluntários de São Paulo. Em 1807 foi promovido a major comandante desta legião. Foi transferido para o Rio Grande do Sul onde foi promovido a tenente-coronel em 1810.

Participou das campanhas de 1811 e 1812, sendo promovido a coronel e depois a brigadeiro em 1814. Comandou as forças de cavalarias na guerra contra Artigas, vencendo as tropas inimigas na batalha do Corumbé, derrotando a José Antonio Berdún, tendo participado da Batalha de Catalão.

Acabada a guerra, adoeceu, mudou-se para Santa Catarina, em 1820. Depois mudou para o Rio de Janeiro. Em 7 de janeiro foi promovido a General. Em 11 de janeiro de 1822, dois dias após o FICO comandou as tropas locais que resistiram as tropas portuguesas do General Avilez, que queriam que D. Pedro I retornasse à Portugal. Logo em seguida foi nomeado ministro da Justiça. Foi deputado provincial pelo Rio Grande do Sul na segunda legislatura.

Por sua vez, o capitão João Mendes Vianna foi eleito 2º Grande Vigilante, que então era membro da Loja Comércio e Artes presidiu a sessão de fundação do Grande Oriente do Brasil.

Observe-se nesta nominata da primeira diretoria do Grande Oriente do Brasil vários irmãos militares, inciando-se a partir dai um estreito relacionamento de nossa potência maçônica com obreiros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica do Brasil, e até os dias atuais.

Convém, destacar, porém, um fato histórico a respeito do nosso primeiro Grão-Mestre Geral Conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido em Santos a 13 de junho de 1763, saindo do Brasil aos vinte anos, viveu em Portugal até completar 57 anos.

A Carta Régia de 15 de abril de 1801, assinada pelo príncipe Regente D. João, criou a Cadeira de Metalurgia na Universidade de Coimbra para entregá-la a José Bonifácio e quase que simultaneamente foi nomeado para outros cargos – o de Intendente Geral das Minas e dos Metais do Reino, o de Administrador das Minas de Carvão e Pedras de Buarcos, o de Administrador das antigas fundições de ferro de Figueiró dos Vinhos e Avellar, o de Diretor do Real Laboratório da Casa da Moeda de Lisboa.

Sua fama atravessaria as fronteiras de Portugal. Convidado pelo Príncipe Real da Dinamarca para exercer o cargo de Inspetor das Minas da Noruega, preferiu ficar em Portugal para lutar contras as tropas francesas. Assume então o posto de major, logo depois Tenente Coronel e comandante do animoso e devotado batalhão, conforme informa Latino Coelho. Ou seja, o nosso primeiro Grão-Mestre Geral em determinado momento de sua brilhante trajetória como cientista e político exerceu funções militares.

D. Pedro I, nosso segundo Grão-Mestre Geral, embora por curto período, uma vez que foi aclamado e aprovado para este cargo em sessão do GOB realizada em 22 de agosto, porém só tomou posse em 4 de outubro e até 25 do mesmo mês do ano de 1822, quando determinou o fechamento do Grande Oriente do Brasil, que só retornou as suas atividades em 23 de novembro de 1831 tendo a frente José Bonifácio de Andrade e Silva, foi o criador de nossas forças armadas.

O Príncipe Regente D. Pedro resolveu ficar no Brasil, decisão esta tomada no dia 9 de janeiro de 1822, que ficou chamado historicamente o Dia do Fico. Porém o general Jorge Avilez, comandante da Divisão Auxiliadora – formada pelos 11º e 15º Batalhões de Infantaria, o 3º de Caçadores e o 4º de Infantaria, sediados no Rio de Janeiro se insurgiu contra esta decisão do príncipe, apresentando com apoio dos oficiais da Divisão Auxiliadora, ao príncipe, uma representação requerendo a qualificação daqueles que solicitavam sua permanência no Brasil. Porém o príncipe recusou a solicitação do Comandante de Armas da Corte e da Província.

Jorge Avilez pediu demissão do cargo que ocupava, em 11 de janeiro de 1822, ocasionando com isso uma grande agitação no Rio de Janeiro, o que já era esperado, razão porque o príncipe e as forças que lhe eram leais foram imediatamente mobilizadas, tendo a frente o general Xavier Curado.

Não satisfeito, o general Avilez arquitetou um audacioso plano de sequestro de Dom Pedro. Contudo, o general Joaquim Xavier Curado, o coronel Luís Pereira da Nobrega de Sousa Coutinho e o Brigadeiro Joaquim de Oliveira Alves, convocaram seus subordinados para apoiarem o Príncipe Regente.

Com isso o Regente sentiu necessidade de criar um Exército Brasileiro que lhe apoiasse para enfrentar a Divisão Auxiliadora, para tanto decretou o recrutamento geral para a organização de uma tropa brasileira. Com esta decisão, antes da Proclamação da Independência, surgia o Exército Brasileiro.

Com tal ato o Príncipe conseguiu expulsar a Divisão Auxiliadora e em seguida baixou outro decreto, em 12 de janeiro de 1822, extinguindo a Comissão Militar e nomeando o Tenente General Joaquim Xavier Curado para Governador das Armas da Corte e da Província, nascendo dai o Exército Imperial.

É de se ressaltar, porém, que na mobilização das tropas brasileiras, destacaram-se duas figuras: Pedro Labut, oficial francês, nomeado pelo príncipe para organizar o contingente do Exército e Lord Chrocane, contratado para enfrentar a esquadra lusa. Contudo, para o Comando Geral das tropas brasileiras, foi confiado o comando do general brasileiro Joaquim Xavier Curado, que se tornou assim o primeiro comandante do Exército Brasileiro.

No entanto, para o nosso atual Exército a origem desta força armada teve início na Batalha dos Guararapes, que começou no dia 19 de abril de 1648, quando os holandeses tentaram invadir as terras brasileiras. Uma força genuinamente formada por brasileiros – brancos, negros e índios -, participou da defesa do nosso território. Esse evento é considerado atualmente a origem do Exército brasileiro e nesta data é comemorado o seu aniversário.

Contudo, nossas autoridades militares reconhecem que entre os anos de 1822 e 1823, o Exército derrotou e expulsou as forças de resistência portuguesas à independência, nas regiões norte – nordeste e na província da Cisplatina, evitando que o território nacional fosse fragmentado.

Esclarecem em seus registros históricos que o Exército nacional do período regencial e no primeiro império, também, chamado de Exército Imperial, era dividido em dois seguimentos durante a monarquia, a primeira linha era formada pelo Exército de fato. A segunda linha, a Guarda Nacional, era formada pelas antigas milícias das tropas coloniais e comandadas por líderes regionais, grandes latifundiários e proprietários de escravos que, à partir da Independência, receberam o título genérico de Coronéis.

É certo que desde o período Regencial vários maçons militares ocuparam posições de destaque. Exerceram o cargo de ministro da Guerra, os maçons: Joaquim de Oliveira Alvares e Luiz Pereira da Nóbrega de Souza Coutinho. No primeiro reinado: Luiz Pereira da Nóbrega de Souza Coutinho, Joaquim de Oliveira Alves, José Clemente Pereira. E no segundo reinado: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque. José Clemente Pereira. Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, Luis Alves de Lima e Silva e Visconde do Rio Branco.

Na Proclamação da República, o primeiro presidente do Brasil foi o maçom Marechal Deodoro da Fonseca e seu primeiro ministério foi constituído pelos maçons: Rui Barbosa – Fazenda; Quintino Bocaiúva – Transportes; Demétrio Ribeiro (Agricultura); Aristides Lobo – Interior; Benjamin Constant – Guerra; Campos Sales – Justiça; e Eduardo Wandenkolk – Marinha.

Por sua vez o Grande Oriente do Brasil em vários momentos de sua existência foi presidido por maçons militares, tais como:

- Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcante de Albuquerque ( 3/12/1837 a 9/9/1850);

- Artur Silveira da Mota, Barão de Jaceguai (1880 – 1882);

- Francisco José Cardoso Junior ( 5/6/1882 a 30/10/1885);

- Manoel Deodoro da Fonseca (24/3/1890 a 18/12/1891);

- Lauro Nina Sodré e Silva ( 21/6/1904 a 7/3/1916);

- Francisco Glicério de Cerqueira Leite – general honorário do Exército (1/2/1905 a 3/4/1905);

- Veríssimo José da Costa ( 24/6/1916 a 24/6/1919);

- Thomaz Cavalcante de Albuquerque ( 27/6/1919 a 28/6/1922);

- José Maria Moreira Guimarães (10/1/1933 a 21/11/1938 );

- Benjamin de Almeida Sodré ( 24/6/1953 a 25/8/1954).

No livro Maçônico do Centenário, lançado pelo Grande Oriente do Brasil, em 1922, em comemoração ao seu primeiro centenário, consta uma lista de Maçons Notáveis que foram maçons, os quais exerceram posições de relevo na história do Brasil, com destaque para os maçons militares, tais como:

- Amynthas José Jorge – Almirante;

Eduardo Wandenkolk - Almirante, chefe do Estado Maior da Armada;

- Eduardo Ernesto Midosi – Almirante;

- Francisco José Cardoso Junior – Marechal;

- Gregório Thaumaturgo de Azevedo – General;

- Gomes Carneiro – General;

- Henrique Valladares – General;

- Hermes Rodrigues da Fonseca – Marechal, 8º Presidente do Brasil;

- Innocencio Serzedelho Corrêa – General;

- José de Barros Lima – capitão;

- José Mariano de Albuquerque – Tenente;

- Joaquim José Ignácio – Almirante;

- José Pedro da Costa Barros – Coronel;

- José Procópio Menna Barreto - General;

- Lauro Sodré – general;

- Lauro Severino Muller – General;

- Luiz Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias;

- Manoel Deodoro da Fonseca – Generalíssimo;

- Manoel Luiz Osório – General;

- Ticiano Daemon – coronel do Exército;

- Thomaz Cavalvante de Albuquerque – General;

- Verissimo José da Costa – Almirante;

- Augusto Leverger – Barão de Melgaço – Oficial de Marinha e geógrafo;

- Benjamin Constant Botelho Magalhães – general.

Vale registrar que o Brasil foi presidido pelos seguintes maçons:

- Manoel Deodoro da Fonseca – 1º Presidente da República do Brasil;

- Floriano Vieira Peixoto – 2º Presidente da República do Brasil;

- Prudente José de Moraes Barros – 3º Presidente da República do Brasil;

- Campos Sales – 4º Presidente da República do Brasil;

- Nilo Procópio Peçanha – 7º Presidente da República do Brasil;

- Hermes Rodrigues da Fonseca – 8º Presidente da República do Brasil;

- Wenceslau Bras Pereira Gomes – 9º Presidente da República do Brasil;

- Delfim Moreira – 10ª Presidente da República do Brasil;

- Washington Luís Pereira de Souza – 13º Presidente da República do Brasil;

- João Fernandes Campos Café Filho – 21º Presidente da República do Brasil;

- Nereu de Oliveira Ramos – 23º Presidente da República do Brasil;

- Jânio da Silva Quadros – 25º Presidente da República do Brasil; e

- Michel Temer – 37º Presidente da República do Brasil.





Nos dias atuais, o Grande Oriente do Brasil conta em seu contingente obreiro com milhares de maçons militares, membros do Exército - de sargentos a generais - , da Aeronáutica e da Marinha, com posições de destaque em suas corporações militares; e também nas forças auxiliares: Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Vários deles exercendo funções políticas, no Poder Executivo e no Parlamento Nacional.

Acredito que, a participação de militares em nossa Federação Maçônica se deve ao fato da predominância em nossos regulamentos de princípios conservadores, tais como: o respeito as leis de nosso país; o respeito as nossas autoridades constituídas se são justas; a defesa intransigente da família nuclear; de princípios éticos e morais, dos bons costumes sociais; e principalmente pela luta constante pela Liberdade de pensamento e pelo combate intransigente contra a tirania e à exploração do homem pelo homem.

O Grande Oriente do Brasil, chega, portanto, as portas das comemorações de seu bicentenário, conduzido por um maçom conservador – nosso Grão-Mestre Geral, Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães, que vem em sua gestão demonstrando ser um estadista e acima de tudo um pacificador, em face de suas atitudes na busca de uma união maior entre as Potências Maçônicas sediadas em nosso país, consideradas e reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra – a Loja Mãe da maçonaria Universal, e também por várias outras Grandes Lojas estrangeiras.

No âmbito interno o nosso soberano Irmão Múcio Bonifácio vem desenvolvendo ações de longo alcance nas diversas áreas de atividades de nossa Federação maçônica, com destaque para as áreas da Educação e Cultura, da comunicação social, do planejamento, no apoio constante aos Grão-Mestrados Estaduais e do Distrito Federal, bem como no bom relacionamento com os poderes Legislativo e Judiciário do GOB, e com grande ênfase para as ações paramaçônicas – Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, Ação Paramaçônica Juvenil, De Molays.

No âmbito externo nacional, nosso atual Grão Mestre Geral tem dedicado especial atenção as nossas relações com Potências Maçônicas regulares nacionais, ampliando e celebrando tratados de reconhecimento e amizade com Grandes Lojas Estaduais e com Grandes Orientes confederados, que permitiram a volta plena da intervisitação de irmãos dessas potências as nossas Lojas federadas ao GOB, restabelecendo com isso o direito de visitação, previsto em um de nossos Landmarks.

Nas Relações Exteriores, vem ele ampliando a participação do GOB junto a potências maçônicas estrangeiras, bem como junto a CMI, além de estar constantemente nomeando seus Grandes Representantes junto as potências sediadas em outros países, com quem mantém o GOB tratados de reconhecimento e de amizade, bem como aceitando e credenciando Grandes Representantes de potências amigas devidamente acreditados entre nós.

Tudo isso nos leva a crê que é chegado o momento do nosso Grão-Mestre Geral, soberano irmão Bonifácio estreitar e fortalecer os laços que unem o Grande Oriente do Brasil e as nossas Forças Armadas, em particular com o nosso Exército Nacional, notadamente na preparação para os festejos de nosso bicentenário e do bicentenário de nossa Independência.

Também é chegada a hora do Grande Oriente do Brasil ser reconhecido oficialmente pelas nossas Forças Armadas, pelos Poderes da República Brasileira, como a instituição que foi criada com o objetivo maior de lutar pela Independência do Brasil, a qual foi forjada no interior de seus Templos; que lutou pela libertação da escravatura e pela Proclamação da República, e que desde 1822 e até os dias atuais vem trabalhando em prol do progresso de nosso país, por intermédio de suas lojas federadas, espalhadas pelo território nacional, onde militam cidadãos de bem, com destaque social em várias áreas daz atividades civil e militar.

Portanto, é tempo de construir um novo tempo, entre o Grande Oriente do Brasil e o nosso Exército Nacional, que tem como Patrono Duque de Caxias, considerado o Pacificador, reconhecido como Grão-Mestre Geral Honorário do Grande Oriente do Brasil, maçom este que conduziu outros maçons militares na luta pela manutenção de nossa unidade territorial, tanto nas batalhas internas, como nas guerras em que o Brasil se viu envolvido com países vizinhos, no século XIX, que permitiram manter preservado o nosso Brasil continental.

Em nosso passado D. Pedro I deu o Grito de Ypiranga, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, o nosso Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães sancionou a pacificação na Maçonaria Brasileira, e nós maçons – civis e militares – devemos , por oportuno, gritar a plenos pulmões: LIBERDADE – LIBERDADE – LIBERDADE, na expressão maior da palavra e em todos os seus sentidos, por um Brasil forte e soberano.

Helio P. Leite

Um eterno aprendiz

Brasília, DF. 19/7/2021

Fontes:

1. O Grande Oriente do Brasil comemora 195 anos de fundação, coletânea organizada por Helio P. Leite, em 2017.

2. Os Maçons que fizeram a História do Brasil, José Castellani, A Gazeta Maçônica, 1ª edição 1972.

3. O Livro Maçônico do Centenário, GOB, 1922.

4. Tese de Mestrado de Poliana Cordeiro de Farias:”Domingos Alves Branco Muniz Barreto - Ciência, Economia e Poder na Bahia (1788 – 1800). UFB.

5. Tese de Mestrado de Capitão Diego de Souza Moura: Bicentenário da Independência do Brasil – O papel do Exército no processo da Independência. Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais – EAO. RJ. 2020.

6. Tese de Doutorado de Helio Franchini Neto: Independência e Morte – Política e Guerra na emancipação do Brasil (1821 – 1823). UNB. Brasília. 2015.