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Mostrando postagens de 2020

O selo do Grande Oriente do Brasil - GOB

*O Selo do Grande Oriente do Brasil*   A edição de nº. 5, Ano II, nov/dez/1998-jan/1999, da saudosa revista Minerva Maçônica, traz, em suas páginas 33 a 38, um excelente artigo do Irmão Alberto Ricardo Schmidt Patier  (1), intitulado “Símbolos Heráldicos do Grande Oriente do Brasil”.   O seu trabalho abrange: 1. O surgimento do símbolo; 2. O início da Heráldica;  3. Diversificação da Heráldica; 4. Bandeira do Grande Oriente do Brasil e 5. Selo do Grande Oriente do Brasil. Todos os itens acima enumerados, têm conteúdos de elevado valor cultural maçônico, entretanto, tomo a liberdade de transcrever apenas o  nº 5, já que até hoje, foi a única fonte que consegui, para satisfazer minha curiosidade sobre o significado do Selo do GOB. Em todos os impressos oficiais  de nossa Obediência, lá está ele. Um círculo, com uma lua crescente de um lado, de outro sete estrelas, ao fundo três rochedos e assim por diante. Recentemente, ao presentear um Irmão, com um “botton” do GOB, ele me p

MAÇONARIA MODERNA, PRIMÓRDIOS E SUA EXPANSÃO

Foi em 1717 que  a maçonaria moderna se estabeleceu primeiro na Inglaterra, com a Grande Loja Unida, constituída das quatro lojas existentes em Londres, que tinham restado da decadência da Maçonaria obreira da Idade Média e as quais tinham acordado na reforma da Ordem. Esse movimento de reforma  fora esboçado desde o meado do século anterior (1660 – 1700) com a inclusão dos maçons não artífices e com o desdobramento dos processos que gravitavam para o domínio puramente filosófico atual. No seu primeiro período  de história moderna (1717 – 83), chamado o “britânico” que vai do seu estabelecimento em Londres á difusão  nas colônias inglesas e na Europa em geral, várias são as potências em que ela se estabelece  definitivamente. Na Inglaterra e seus domínios e colônias, logo após o primeiro da Grande Loja de Londres, ela se irradiou ás colônias inglesas da América (1723 – 33); dai passando ás Índias inglesas (1724) e depois á África britânica (1737). O período de (1730 – 50) marca o seu e

2022 – O ANO DO BICENTÁRIO DO GRANDE ORIENTE DO BRASILLUIZ GAMA – PATRONO DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO DO BRASIL E HERÓI BRASILEIRO

São recorrentes nas redes sociais, em particular nos grupos de WhatsApp, mensagens com foto e texto sobre Luiz Gama, que ressaltam as suas qualidades de abolicionista – porém com críticas construtivas, pelo fato de ele estar esquecido pelos maçons brasileiros, e por não ser reverenciado assim como é Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra. Ao invés de responder ditas mensagens, que me são enviadas pelos meus correspondentes em WhatsApp, e considerando a minha pretensão de elaborar textos sobre fatos e atos da história da Maçonaria brasileira, em particular, sobre o Grande Oriente do Brasil, que em 2022 estará comemorando os seus 200 anos de fundação, resolvi realizar uma pesquisa sobre a vida desse grande e ilustre brasileiro, que é LUIZ Gonzaga Pinto da GAMA. Para tanto, fui buscar informações na Wikipédia, e em dois livros de que disponho, e que tratam dessa figura exponencial, que são: Os Maçons e a Abolição da Escravatura, de José Castellani, editado p

SEJA UM OBREIRO DA RECONCILIAÇÃO FRATERNAL

Nós maçons, somos chamados de filhos da viúva, filhos de Salomão, filhos da luz; de obreiros da Arte Real, de construtores sociais e de buscadores da verdade. Porém, falta acrescentar mais uma acepção a nosso respeito, o de obreiros de reconciliação fraternal. Mas, para sermos obreiros de reconciliação fraternal, em nossas Lojas, necessário se faz despojarmos-nos de nossas vaidades desnecessárias, de nossas mágoas e rancores. É preciso nos vestirmos com o balandral da lealdade de propósitos, da sinceridade real, e calçarmos as sandálias da humildade e do perdão. É importante, também, deixar de jogar pedras no irmão, que achamos que está em falta já que ninguém e dono da verdade e muito menos do mundo. Devemos, sim, oferecer aos nossos irmãos gestos de paz, de amor fraternal e de União. É nos momentos de dificuldades, de intolerância, de incompreensões, que devemos formar a cadeia de união, em torno de nossos Veneráveis Mestres, irmãos que escolhemos para nos liderar. Para tanto, cada u

UM CEARENSE NA FUNDAÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

2022 – O ANO DO BICENTENÁRIO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL A história do Grande Oriente do Brasil já foi cantada e decantada em dezenas de livros, em teses acadêmicas, em postagens nas redes sociais, em peças de arquiteturas apresentadas em Lojas, no passado e no presente. Uma história escrita com sangue, suor e lágrimas, com perdas de vidas, de derrotas e de vitórias, com cisões, com reunificações, no passado e no presente. Porém, é uma história  rica de grandes realizações em prol da Maçonaria propriamente dita e na luta e no engajamento nos grandes momentos da história brasileira. Grandes vultos maçônicos, do passado (14), ja foram reconhecidos como heróis da Pátria Brasileira, por lei federal, cujos nomes estão escritos no Livro de Aço, exposto no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, em Brasília, Distrito Federal. São eles: Deodoro da Fonseca, Dom Pedro I, Duque de Caxias, José Bonifácio de Andrada, Frei Caneca, Hipólito José da Costa, Domingos Martins, Carlos Gomes,

QUEIMA, RAPARIGAL !!! UM GRITO DE GUERRA NA BOEMIA CEARENSE

Em uma de minhas estadas na capital alencarina, em visita ao “Sebo do Geraldo”, que fica na rua 24 de maio, no centro de Fortaleza, adquiri um exemplar do livro “Sábado Estação de Viver – Histórias da boemia cearense”, de autoria do professor e historiador Juarez Leitão, editado em 2000, pela Prêmio Gráfica e Editora Assis de Almeida, com prefácio de Lúcio Alcântara, ex-governador do Ceará. Tal livro foi idealizado por uma confraria de amigos que se reunia aos sábados nos transmissores da Radio Verdes Mares, de propriedade do confrade  Edson Queiroz, que dela também participava, para saborearem uma feijoada sabática. Coube ao confrade Juarez Leitão a incumbência de escrever a história da confraria, recuperar sua origem e evolução como registro de uma forma de sociabilidade urbana contemporânea. Em notas introdutórias, Juarez Leitão ressalta que o título do livro, Sábado Estação de Viver, tem haver com as duas criações de Deus: O Mundo em seis dias e o sábado, sétimo dia, para o merecid

PEDRA FUNDAMENTAL DA FUTURA CAPITAL FEDERAL

O Decreto Legislativo nº 4494, de 18 de janeiro de 1922, determinou o lançamento da pedra fundamental da futura Capital Federal, a ser oportunamente estabelecida no planalto central da República, na zona de 14.400 quilômetros quadrados. Esta pedra fundamental foi lançada em Planaltina (Goiás), a 7 de setembro de 1922, como parte das comemorações do Centenário da Independência. A ideia da mudança da Capital Federal é muito antiga, a começar pelos inconfidentes mineiros, em 1789; Hipólito da Costa a defendeu em 1813, no seu Correio Braziliense; José Bonifácio, em recomendação de 1821 aos deputados de São Paulo às Cortes de Lisboa, a menciona, reiterando-a em 1823 perante a Assembleia Constituinte do Brasil Império; Varnhagen a apoia em 1834, precisamente quando é criado o chamado Município Neutro do Rio de Janeiro, especialmente para sede do governo central. Em 1883, São João Bosco, fundador da ordem dos padres salesianos, tem na Itália visão onírica, segundo a qual futuro de grandeza e

O DIA DO FICO – 9 DE JANEIRO DE 1821

Segundo Escragnolle Doria, em artigo publicado no Boletim de setembro do Grande Oriente do Brasil, ano de 1922, “logo ao findar 1821, um navio, o Infante D. Miguel, trouxe ao Príncipe, sob a forma de decretos, várias imposições das Cortes de Lisboa. Entreex elas a de D. Pedro desamparar o Brasil. Viajaria incógnito “por alguns países ilustrados”, com o fito de obter conhecimento para ocupar dignamente o trono português. “Um pouco de ironia não muito política. Do bojo do Infante D. Miguel ainda saiu a notícia da próxima extinção de quanto tribunal ou repartição pública havia no Brasil desde 1808. “Clamor geral, opiniões discordes. Tropas lusitanas, alguns portugueses e brasileiros republicanos apoiavam a saída do príncipe; a maioria tendia e pretendia para ele, e a vantagem de sua permanência. “A Câmara de São Paulo encarregou José Bonifácio, o Marechal Arouche e o coronel Gama Lobo de alcançar o Rio, para suplicar ao príncipe desobediência as Cortes. Sete dias levaram a chegar, semana

LITURGIA & RITALÍSTICA MAÇÔNICA

Para melhor estudar e compreender os reais significados da Liturgia e Ritualística Maçônica, é necessário conhecer suas origens, seus conceitos básicos, suas evoluções e suas finalidades. Neste sentido, para adentrar no conhecimento do que seja liturgia e ritualística no âmbito maçônico é preciso recorrer a história do cerimonial, do rito e do ritual, ao longo da caminhada da Humanidade. CERIMONIAL, RITO E RITUAL Os primeiros registros do cerimonial datam de épocas proto-históricas há 40 mil anos. Alguns antropólogos interpretam as pinturas rupestres do paleolítico na região de Altamira e Morella de la Vella, na Espanha, como cenas de celebração: caçadas, visita de chefes de tribos vizinhas, reuniões do clã para celebrar efemérides, cenas de batalhas. Nestas imagens, constata-se o resgate de quatro cerimônias rituais: de corte, festas, religião e do poder bélico do soberano (Lins, A. E., Evolução do Cerimonial Brasileiro – aulas e conferências. Recife, Comunigraf Editora, 2002). A pala

MESTRE DE CERIMÔNIAS NO TEMPO E NO ESPAÇO

ASPECTOS HISTÓRICOS Segundo G. F. Meirelles, in Mestre de Cerimônias, Apostila de curso realizado em São Paulo (2006), “Nascido em tempos remotos, talvez no início da humanidade, desde que o homem é homem, a figura do Mestre de Cerimônias se confunde com a história do cerimonial. Rituais, cerimônias – ainda não eventos como conhecemos atualmente – faziam parte da rotina do homem primitivo.” “Na China, Japão e outros países orientais, mil anos a.C., esses povos já utilizavam o Mestre de Cerimônias; os chineses em seus torneios de arco e flecha, que aconteciam anualmente. Já nessa época ele utilizava a força e ritmo da voz para destacar as equipes mais importantes, calcado num conceito de poder e nobreza. Na Roma antiga, ele surge na figura do chefe de trombeteiros que, sobre um cavalo, após o toque das trombetas e reunião do povo, anunciava a passagem do Imperador ou as medidas reais como aumento de taxas e impostos, maior submissão,  proibições e sanções que fazem parte da prerro

LITURGIA MAÇÔNICA EM TEMPOS DE CORONAVIRUS

Até antes da chegada inconveniente do tal coronavirus estávamos todos numa corrida desenfreada contra o tempo, para ultrapassar as dificuldades financeiras e transpor os obstáculos de nossos dias. Mas, até então, nos faltava tempo para cumprir nossa agenda pessoal, os dias passavam céleres, uma verdadeira loucura sem fim. Mas, de repente, com a chegada da epidemia tudo mudou. Fomos obrigados a nos recolher ao recesso de nossos lares, particularmente os que fazem parte do grupo de alto risco. Com isso os dias ficaram mais longos, nas ruas até então entulhadas de gente e de carros, os engarrafamentos desapareceram, as praças que há muito tempos não mais são do povo ficaram vazias. O comércio em geral foi obrigado a cerrar suas portas. A exceção dos  supermercados, farmácias e postos de gasolina que  continuaram a todo vapor. E que fazer neste tempo de confinamento, em Brasília, - onde o nosso governador mais uma vez prorrogou para o dia 11 de maio a reabertura das empresas comercia